Os Fracassos Tecnológicos de 2013

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O ano de 2013 ainda não terminou mas os produtos e empresas que conseguiram o destaque na lista dos fracassos tecnológicos do ano já não vão consegui reverter a situação.

Os fracassos do ano

O fim do ano está a chegar e é altura de fazer um balanço sobre o que correu mal durante o ano à industria da tecnologia. Como o ano ainda não terminou, a lista poderá ainda crescer, mas os membros desta lista já não se livram destes fracassos.

Microsoft Windows RT

Lançado em 2012, o Windows RT é o sistema operativo da Microsoft para Tablets leves, concorrentes do iPad e dos dispositivos com Android. Devido à escassez de aplicações, da limitada oferta de tablets com RT e de outros fatores, essa variante mais leve do Windows 8 não caiu no goto do utilizador. Fabricantes que a haviam adotado foram desistindo ao longo do ano, deixando a Microsoft quase sozinha. É possível que a empresa abandone o Windows RT em 2014. O Surface RT fica também incluído na lista de lançamentos fracassados de 2013 principalmente devido ao sistema operativo indesejado pelo público, o Windows RT.

Chromebook Pixel

Anunciado pela Google em fevereiro, o Chromebook Pixel tem design elegante, ótimo desempenho e tela com a maior densidade de pixels entre todos os laptops. Como outros chromebooks, ele só corre aplicações a partir da web. Mas seu maior problema é o preço, que começa em 1.300 dólares nos Estados Unidos. Com esse dinheiro, compra-se um MacBook Pro com tela Retina ou meia dúzia de chromebooks básicos da Samsung ou da Acer. O resultado é que quase ninguém se interessou pelo Chromebook Pixel.

Wii U

A Nintendo esperava vender 5,5 milhões de unidades da sua nova consola para jogos Wii U até março. Mas muitos jogadores acharam-no pouco atraente comparando-o com os concorrentes PlayStation 4 e Xbox One, que já estavam a caminho. Alguns produtores de jogos também não ficaram convencidos e abandonaram o Wii U. Em julho, a Nintendo declarou um prejuízo de 50 milhões de dólares devido às fracas vendas do Wii U. Foram vendidas apenas 3,6 milhões de unidades.

Nokia

A Nokia liderou o mercado de telemóveis durante anos e chegou a ter mais de 30% de de quota de mercado. Em 2013 as vendas caíram tanto que a Nokia abandonou a lista dos cinco maiores fabricantes de smartphones. Por isso, a empresa comprada pela Microsoft por 7,2 bilhões de dólares, merece estar nesta lista. Os finlandeses podem se consolar com o sucesso dos smartphones Lumia na Europa e na América Latina. Em diversos países nessas regiões, as vendas do Lumia superam as do iPhone.

Restrições na Xbox One

Elogiada pelas suas caraterísticas avançadas, a Xbox One foi alvo de muitas reclamações quando a Microsoft anunciou, em junho, uma série de restrições que a sua nova consola teria. Ela exigiria acesso permanente à internet para validação de copyright e não iria permitir empréstimo ou revenda de jogos. Apesar da reação muito negativa a Microsoft ainda tentou resistir. Só foi forçada a voltar atrás, eliminando esses bloqueios, quando a Sony começou a divulgar que a PS4 não teria restrições desse tipo.

SimCity

O jogo SimCity fez um enorme sucesso nos anos 90 e deu origem a títulos como The Sims, outro grande sucesso. Em março, retornou em nova edição, mas o lançamento foi um desastre. O jogo exige conexão à internet mas os servidores não aguentaram a carga de trabalho e falharam repetidamente durante vários dias. A editora Electronic Arts pediu desculpas e ofereceu outro jogo como compensação a quem havia comprado o SimCity.

Twitter #Music

A app Twitter #Music, lançada em abril apenas nalguns países, foi uma tentativa do Twitter de conquistar espaço no mercado da música. A app mostra sugestões musicais, mas o usuário só pode ouvi-las se for assinante do Rdio ou do Spotify. Senão, tem de se contentar com 30 segundos de cada faixa. Mas esses dois serviços de música oferecem suas próprias apps. Assim, quase ninguém viu razões para usar a app do Twitter. Depois de uma breve passagem pela lista dos mais baixados da App Store, o Twitter #Music foi caindo no esquecimento. O site AllThingsD diz que a empresa deve matá-lo em breve.

Obamacare

Desenvolvido ao longo de três anos e com um custo estimado em 634 milhões de dólares, o site Healthcare.gov, portal do novo sistema de saúde norte americano, apelidado Obamacare, deveria ser uma das grandes realizações do governo Obama. Mas sua estreia foi um desastre. Pouquíssimas pessoas conseguiram se registar para usar o serviço. A situação ficou tão embaraçosa que empresas como Google, Oracle e Red Hat juntaram uma tropa de elite de especialistas para ajudar a consertar o site.

BlackBerry Z10

Depois de anos de decadência, a BlackBerry fez uma tentativa de recuperação, em 2013, ao lançar o elegante BlackBerry Z10 e seu novo sistema operativo BB 10. Sem dúvida, esse smartphone é superior a tudo oque a empresa havia feito antes. Mas o Z10 ficou encalhado e, em setembro, a empresa teve de declarar perda de quase 1 bilhão de dólares em unidades não vendidas. É mais um sintoma de que, infelizmente, é tarde demais para a BlackBerry.

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