O Talento Lidera
Publicado em 01/11/2013 por Tom Peters 2 328 visualizaçõesRegras para um mundo onde o talento é líder.
Cada vez mais ligamos ao «poder das pessoas», mesmo quando nos agarramos à nossa inclinação de longa data para contratar e cultivar empregados obedientes. Dizemos que levamos o «talento» a sério, enquanto fracassamos na transformação das nossas organizações de uma forma que atraiam talento. Mas gora temos de ficar obcecados por talento… tão obcecados em encontrar e desenvolver homens e mulheres de topo como um diretor desportivo de um grande clube de futebol em recrutar e treinar jogadores de topo. Devemos compreender que estamos numa era em que as correntes de valor acrescentado de criatividade de uma original equipa de talento se tornou a base da vantagem competitiva. Talvez mesmo a única base para a vantagem competitiva.
Eu imagino… um mundo onde «talento atraente e em desenvolvimento» impera tanto para os líderes de um departamento financeiro típico como para Florentino Pérez, do Real Madrid. Imagino um mundo onde as empresas se focam na criação de locais incríveis para trabalhar, ambientes que potenciam o máximo do indivíduo. Imagino um mundo onde os líderes reconhecem que o talento não se limita a «apoiar» a marca; o talento é a marca.
História de talento
A era industrial acabou. A era do colarinho branco e processamento de papéis acabou. Os produtos «fabulosos» não são suficientes. (Nem de longe). Os serviços «fantásticos» não são suficientes. São necessárias novas bases de valor acrescentado – o mais rápido possível. E a revolução ainda agora começou.
Você não vai vencer na nova economia só por conseguir empurrar a GQT (Gestão de Qualidade Total) ou a MC (Melhoria Contínua) ou qualquer outra dessas «novas» drogas que abraçamos de forma tão vigorosa há vinte anos a trás. Você vai «vencer» se providenciar soluções, experiências, sistemas belos, realização de sonhos, design do outro mundo e marcas que inspiram.
E isto tem tudo a ver com criatividade, imaginação, capital intelectual! Em suma, tem tudo a ver com Talento. As novas tecnologias que comprimem a revolução do colarinho branco podem parecer uma força desumanizadora; mas, na realidade, anunciam o fim do trabalho «horrível» e dão lugar a uma revolução das pessoas. Por outras palavras, dão lugar a uma Revolução de Talento.
Premissa fundamental: entramos numa era de talento. «Ok, muito bem», ouço-o dizer. «Pôr as pessoas em primeiro lugar. Já lá estive. Já o fiz».
Não!
Não!
Não!
A questão aqui não é «as pessoas são importantes» ou «as pessoas primeiro». A questão é que «as pessoas» (o seu talento, criatividade, capital intelectual, dinamismo empresarial) é tudo o que existe.
Verdade sobre o talento: Entretenimento, Desporto e Mais Além
Quando penso em «talento», penso primeiro de tudo em Bill Walsh, antigo treinador, presidente, e diretor geral do franchise San Francisco 49ers na national Football League. Conheço o Bill há mais de uma década e ele é ... Doido Por Talento. Diretores profissionais do futebol como Bill, vivem, dormem, comem e respiram ... Talento. Trabalham no duro para uma aquisição e desenvolvimento da melhor equipa imaginável de 48 jogadores ativos, e fazem-no... 25 Horas por dia, 8 dias por semana, 53 semanas por ano.
Porque não? (Bolas.)
Infelizmente, a linguagem de «talento» tem sido limitada a alguns domínios elitistas. Fale de ópera. Fale de sinfonia. Fale de filmes. Fale de desporto. Fale do departamento de física de Stanford. E é inevitável que a conversa se vire para este barítono ou aquele soprano, este violoncelista ou aquele violinista, esta atriz ou aquele realizador, o primeiro avançado ou aquele defesa, este físico de partículas ou aquele físico-matemático. A conversa, por outras palavras, vira, quase em exclusivo para o... Talento.
Mas a mesma Lógica aplica-se (tem de se aplicar) a todas as outras indústrias e empresas, públicas bem como privadas. Pense na Microsoft. Pense na Genentech. Pense na Fidelity. Pense no Exército dos EUA. Sim, e pense no Chevrolet do Joe e da Joan sabe-se lá onde. Sem Grandes Pessoas, nenhuma dessas organizações teria qualquer valor, tal como os San Francisco 4gers de Bill Walsh não teria qualquer... Grande jogador.
Por isso vamos começar a aplicar a Lógica do Talento em todas as nossas organizações. E (por favor!) vamos também começar a usar a «linguagem do talento»: Como é costume as palavras têm uma enorme importância.
Talento: o termo
Talento. Adoro essa palavra!
Tão diferente de «empregados».
Tão diferente de «pessoal».
Tão diferente de «recursos humanos».
Adoro a palavra por causa das imagens que surgem de imediato na mente. Yo-yo Ma a tocar violoncelo, Pavaroti em alto volume. Gene Hackman ou Nicole Kidman a controlar por completo uma cena. Cristiano Ronaldo a marcar um livre direto, Michael Jordan a fazer aquele último cesto que deu aos Chicago Bulls o seu sexto campeonato durante a sua permanência na equipa.
Talento!
Que palavra!