Convento de Cristo

Lat: 39.60, Lng: -8.41

A origem do Convento de Cristo em Tomar está ligada à origem do próprio reino de Portugal e à presença dos Templários na Península Ibérica. Era tempo de combate aos reinos islâmicos e à sua expansão, era o tempo das Cruzadas. É neste contexto que os Templários se associam aos novos reinos cristãos da península ibérica.

Os cavaleiros templários chegaram a Portugal em 1128 para auxiliarem o recém criado reino na reconquista dos territórios do sul aos mouros. Em 1159, irão receber de D. Afonso Henriques, pela sua participação nas conquistas de Santarém e de Lisboa (1147), um vasto território situado a meia distância entre Coimbra e Santarém, o Termo de Ceras. Nesta região fundaram o Castelo e Vila de Tomar. Em 1312, no seguimento das perseguições contra os Templários perpetradas por Filipe IV, rei de França, a Ordem foi extinta, pelo papa Clemente V. Porém, D. Dinis logra manter os cavaleiros e os bens dos Templários, sob o nome de uma nova ordem de cavalaria, circunscrita apenas ao seu Reino, «Cavaleiros da Ordem de Cristo».
Convento de Cristo é o nome pelo qual é geralmente conhecido o conjunto monumental constituído pelo Castelo Templário de Tomar, o convento da Ordem de Cristo da época do Renascimento, a cerca conventual, hoje conhecida por Mata dos Sete Montes, a Ermida da Imaculada Conceição e o aqueduto conventual, também conhecido por Aqueduto dos Pegões. O castelo teve a sua fundação em 1160 e compreendia a vila murada, o terreiro e a casa militar situada entre a casa do Mestre, a Alcáçova, e o oratório dos cavaleiros, em rotunda, a Charola, esta concluída em 1190.
Em 1420, com o castelo então sede da Ordem de Cristo, o Infante D. Henrique, o Navegador, transforma a casa militar num convento, para o ramo de religiosos contemplativos que ele introduz na Ordem de Cristo, e adapta a Alcáçova para sua casa senhorial.
No início do século XVI, D. Manuel I, Rei e Governador da Ordem de Cristo amplia a Rotunda templária para ocidente, com uma nova construção extramuros, a qual inicia um discurso decorativo que celebra as descobertas marítimas portuguesa, a mística da Ordem de Cristo e da Coroa numa grandiosa manifestação de poder e de fé.
A partir de 1531, com a reforma da Ordem de Cristo, por D. João III, vai ser construído o grandioso convento do renascimento, contra o flanco poente do castelo, e rodeando a Nave Manuelina. O convento verá a sua conclusão com o aqueduto com cerca de 6 km de extensão, com Filipe II de Espanha, e com os edifícios da Enfermaria e da Botica, no tempo que sucedeu à guerra da Restauração. O conjunto destes espaços, construídos ao longo de séculos, faz do Convento de Cristo um grandioso complexo monumental que mereceu a classificação de Património da Humanidade, pela UNESCO.

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A fonte de informação é diversa: Câmara Municipal, Wikipedia, outros.

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